Ianomamis



Foto: Luiz Prado/AE

Os ianomamis de Ajuricaba vivem principalmente em torno dos rios Padauiri, Manauirá e Demene. Os nômades, que ainda vivem nas matas, são estimados em dois mil e ainda têm boa saúde. Cerca de 72 já se fixaram em torno do posto da FUNAI e vivem em condições mais precárias de saúde e miséria.

O posto fica a 16 horas de voadeira (lancha rápida) de Barcelos, na época do inverno, quando o rio está cheio. No verão, quando o rio está seco, são necessários quatro dias de viagem. A comunicação com a FUNAI de Barcelos é feita por rádio, operado pelo índio Antônio. Mas não há funcionários no posto, por falta de recursos.

Numa grande maloca coletiva de palha, o chapono (que significa casa grande) amontoam-se doentes, crianças, homens e mulheres, jovens e velhos. A maior parte tem malária. Todos no posto aparentam estar doentes, inclusive o tuxaua Iton. Um índio mordido por uma cobra jararaca está muito mal e só recebe medicamentos por acaso, com a chegada da Expedição Demene.