Radiografia de uma Amazônia desconhecida


Texto de Liana John, jornalista da Agência Estado, AE


Foto: Rodrigo L. Mesquita/AE

A falta de planejamento na ocupação humana da Amazônia tem levado à substituição da floresta por sistemas de produção de grande impacto ambiental. Para ocupar a Amazônia com um mínimo de impacto e o máximo de aproveitamento dos recursos naturais é preciso usar dois instrumentos fundamentais ao planejamento moderno: o zoneamento ecológico econômico e, a partir deste, o ordenamento territorial. Em outras palavras, o planejamento governamental, cientificamente embasado, deveria chegar antes da ocupação humana desordenada.


Foto: Luiz Prado/AE

Na ausência de decisão política para realizar tal zoneamento em toda a Amazônia, a iniciativa privada uniu-se à pesquisa e partiram para um exemplo prático. Em dezembro de 1990 e janeiro de 1991, em meados de agosto de 1991 e em janeiro de 1993, uma associação inédita de pesquisadores, jornalistas e educadores realizou expedições ao rio Demene, um dos afluentes da margem esquerda do rio Negro, no estado do Amazonas.

O objetivo era iniciar um zoneamento ecológico econômico, que pudesse servir de sugestão às autoridades. As expedições foram iniciativa da Agência Estado (AE) e da entidade não-governamental Ecoforça, organizadas em conjunto com a Embrapa Monitoramento por Satélite e com a Universidade Paulista (UNIP-Objetivo).

Para divulgar os resultados e contar o que foi a Expedição Demene, uma série de reportagens saiu no Jornal da Tarde, no O Estado de S. Paulo e em outros jornais assinantes dos serviços da AE. As surpresas e enigmas que os pesquisadores enfrentaram, como foram trabalhados os dados obtidos em campo e quais as conclusões dos estudos realizados estão nesta série de reportagens, agora reproduzida em hipertexto para se tornar acessível a um número maior de leitores.